domingo, 7 de setembro de 2008

Psicanalistas, neo-psicanalistas e suas expressões pornográficas...

Ah, o finzinho da tarde de domingo...
Há momento mais depressivo que este na semana?
Ainda não é segunda-feira, então não há do que reclamar... Ao mesmo tempo, já não posso dizer que estou em pleno fim de semana: qualquer atividade que se iniciar neste momento deverá ser coitamente interrompida pelo “vamos embora, amanhã acordo cedo para trabalhar”.
Então, para quem acha que Happy Hour é coisas sem sentido, pode começar a mudar de idéia, pois eis um bom motivo: não há momento melhor para convidar para uma atividade com hora para terminar aquelas pessoas que, por mais que se tenha afeição, você não conseguiria ficar na companhia por muito tempo por um motivo ou outro, e não tem coragem de pedir para ir embora mais cedo e se livrar logo do papo chato...
Mas, como mesmo uma simples “hora feliz”  também pede uma sessão terapêutica, tem sempre alguém que solta a pérola: tive um sonho estranho por estes dias... quer ouvir?
“Não, não quero... estou no meu finzinho do final de semana e não quero pensar nessas coisas agora...” (penso, enquanto sorrio)
Mas eis que minha companhia psicanalista fala entusiasmada, para meu interno desespero: “quero”.
E a história começa... pessoas aparecem, coisas somem, gente que vira coisa, coisa que vira gente... e mais gente aparece do nada... ou seja, um sonho realmente maluco...

Ah, como é bom ser cognitivista: o sonho não tem o mesmo valor que para a Psicanálise... mas é uma delícia ouvir e poder depois tirar minhas conclusões, geralmente as mesmas de minha amiga, mas que botam menos medo quem ouve... afinal de contas ouvir “essa pessoa penetrando no seu sonho... indica que você não gosta de invasões... e ele te invadiu... não penetrou somente no seu sonho, mas em você” parece pornográfico demais...
Por outro lado... “cara, sinceramente, presta atenção... você está voltando pra seu ex-marido, não está? Então, um monte de sentimentos que você já achava que tinha se perdido estão voltando "assim, do nada"... Você tem tido dificuldade para trabalhar, não tem, porque “do nada” você se pega pensando nessas coisas, não é? Então, é isso que está “te invadindo”...
Faz mais sentido e bota menos medo, não acham...
Ah, a Psicanálise e seus temos pornográficos...

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que o fim do domingo, é pior do quê a semana em si. Não só pelo fato de ser o fim do final de semana, mas por se imaginar toda a semana pela frente, todos os dias de trabalho, a correria do dia-a-dia.. Dá um pouco de decepcção, ou melhor desapontamento.

Já as expressões comentadas são ambíguas demais mesmo. Eu por exemplo só utilizo "penetrar" quando estou sendo sarcástico para dizer que adentrei em algum lugar ou quando vou a uma festa sem ser convidado.. Mas realmente, a "invasividade" tem um sentido mais ameno quando é alguma coisa q "toma conta"(uma expressão menos pornográfica inclusive).. Mas no fim das contas, acho mesmo que a pornografia está na cabeça de quem é penetrado pelo pensamento do outro.. :D

J. disse...

Hummm... geralmente é assim. Eu mesma não suporto domingo, e se não tem coisa pior, é quando alguém vem com planos e vem me contar em final do dia... meodeoz, será que eu sou tão ruim assim ?

Mas enfim, adorei aqui. Posso linkar ? =)

POR LUGARES INCRÍVEIS disse...

Oi, bom dia.
Quando eu era pré-adolescente, tinha que ir a missa aos domingos as 17 horas no santuário. Hoje, não gosto de sair de casa aos domingos. Para mim é o dia mais chato que tem. Gosto de movimento, muita gente e correria pelas ruas. Domingo, aqui,é uma paradeza danada. rsrsrsr
Certa vez, quando eu ia para Nova Viçosa na Bahia, parei numa loja na cidade de Nanuque, de um parente e lá, conversando, disse "Que cara fudido, ele reclama de tudo". Foi o suficiente para a moça da loja me chamar a atenção. Depois que entendi que "Fudido" era palavrão lá. rsrsrsrsr
Vai entender o povo mineiro. rsrsrsr
abraços